quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Capítulos de hoje 04/09/13: Marcos 05,06,07 e 08

Marcos 5:1-43
1 - E CHEGARAM ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.
2 - E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;
3 - O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;
4 - Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar.
5 - E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.
6 - E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
7 - E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.
8 - (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
9 - E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
10 - E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.
11 - E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
12 - E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
13 - E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.
14 - E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
15 - E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
16 - E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos porcos.
17 - E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.
18 - E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
19 - Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o SENHOR te fez, e como teve misericórdia de ti.
20 - E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.
21 - E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.
22 - E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,
23 - E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva.
24 - E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
25 - E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
26 - E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;
27 - Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.
28 - Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
29 - E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
30 - E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
31 - E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
32 - E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
33 - Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
34 - E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.
35 - Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
36 - E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
37 - E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago.
38 - E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço, e os que choravam muito e pranteavam.
39 - E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.
40 - E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele estavam, e entrou onde a menina estava deitada.
41 - E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.
42 - E logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto.
43 - E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.



Marcos 6:1-56
1 - E, PARTINDO dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram.
2 - E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
3 - Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
4 - E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa.
5 - E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6 - E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
7 - Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos;
8 - E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto;
9 - Mas que calçassem alparcas, e que não vestissem duas túnicas.
10 - E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali.
11 - E tantos quantos vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no dia de juízo para Sodoma e Gomorra, do que para os daquela cidade.
12 - E, saindo eles, pregavam que se arrependessem.
13 - E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.
14 - E ouviu isto o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório), e disse: João, o que batizava, ressuscitou dentre os mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.
15 - Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta, ou como um dos profetas.
16 - Herodes, porém, ouvindo isto, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dentre os mortos.
17 - Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
18 - Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
19 - E Herodias o espiava, e queria matá-lo, mas não podia.
20 - Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo; e guardava-o com segurança, e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa mente o ouvia.
21 - E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia dos seus anos, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia,
22 - Entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com ele à mesa. Disse então o rei à menina: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
23 - E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino.
24 - E, saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João o Batista.
25 - E, entrando logo, apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João o Batista.
26 - E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.
27 - E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi, e degolou-o na prisão;
28 - E trouxe a cabeça num prato, e deu-a à menina, e a menina a deu a sua mãe.
29 - E os seus discípulos, tendo ouvido isto, foram, tomaram o seu corpo, e o puseram num sepulcro.
30 - E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
31 - E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
32 - E foram sós num barco para um lugar deserto.
33 - E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.
34 - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
35 - E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado.
36 - Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer.
37 - Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
38 - E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes.
39 - E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde.
40 - E assentaram-se repartidos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta.
41 - E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
42 - E todos comeram, e ficaram fartos;
43 - E levantaram doze alcofas cheias de pedaços de pão e de peixe.
44 - E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
45 - E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
46 - E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.
47 - E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e ele, sozinho, em terra.
48 - E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante.
49 - Mas, quando eles o viram andar sobre o mar, cuidaram que era um fantasma, e deram grandes gritos.
50 - Porque todos o viam, e perturbaram-se; mas logo falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não temais.
51 - E subiu para o barco, para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados;
52 - Pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes o seu coração estava endurecido.
53 - E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré, e ali atracaram.
54 - E, saindo eles do barco, logo o conheceram;
55 - E, correndo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, aonde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
56 - E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam.



Marcos 7:1-37
1 - E AJUNTARAM-SE a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém.
2 - E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam.
3 - Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes;
4 - E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas.
5 - Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar?
6 - E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim;
7 - Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.
8 - Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas.
9 - E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.
10 - Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.
11 - Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor;
12 - Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
13 - Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.
14 - E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei.
15 - Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
16 - Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
17 - Depois, quando deixou a multidão, e entrou em casa, os seus discípulos o interrogavam acerca desta parábola.
18 - E ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar,
19 - Porque não entra no seu coração, mas no ventre, e é lançado fora, ficando puras todas as comidas?
20 - E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem.
21 - Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios,
22 - Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
23 - Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.
24 - E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;
25 - Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
26 - E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
27 - Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
28 - Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.
29 - Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.
30 - E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.
31 - E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis.
32 - E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
33 - E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
34 - E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.
35 - E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.
36 - E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.
37 - E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.


Marcos 8:1-38
1 - NAQUELES dias, havendo uma grande multidão, e não tendo quê comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes:
2 - Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm quê comer.
3 - E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.
4 - E os seus discípulos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?
5 - E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.
6 - E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão.
7 - Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante.
8 - E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos.
9 - E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.
10 - E, entrando logo no barco, com os seus discípulos, foi para as partes de Dalmanuta.
11 - E saíram os fariseus, e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu.
12 - E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum.
13 - E, deixando-os, tornou a entrar no barco, e foi para o outro lado.
14 - E eles se esqueceram de levar pão e, no barco, não tinham consigo senão um pão.
15 - E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.
16 - E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão.
17 - E Jesus, conhecendo isto, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? não considerastes, nem compreendestes ainda? tendes ainda o vosso coração endurecido?
18 - Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais,
19 - Quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze.
20 - E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete.
21 - E ele lhes disse: Como não entendeis ainda?
22 - E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
23 - E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
24 - E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
25 - Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu cada homem claramente.
26 - E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.
27 - E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?
28 - E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.
29 - E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.
30 - E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.
31 - E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.
32 - E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo.
33 - Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens.
34 - E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
35 - Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.
36 - Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?
37 - Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?
38 - Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.

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