domingo, 28 de setembro de 2014

Capítulos de hoje 28/9/14: JÓ 37,38 e 39


Jó 38:1-41

DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:

Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?

Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.

Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?

Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,

Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?

Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;

Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?

Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,

E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?

Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;

Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;

E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;

E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;

Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?

Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?

Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.

Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;

Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?

De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!

Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,

Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?

Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?

Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,

Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;

Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?

A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?

De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?

Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.

Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?

Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?

Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?

Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?

Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?

Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?

Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,

Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?

Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,

Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?

Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?




Jó 39:1-30

SABES tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias?

Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?

Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores.

Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas.

Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,

Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada?

Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor.

A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde.

Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral?

Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti?

Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?

Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?

A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas?

Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,

E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar.

Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,

Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento.

A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.

Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço com crinas?

Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.

Escarva a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.

Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.

Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo.

Agitando-se e indignando-se, serve a terra, e não faz caso do som da buzina.

Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitães, e o alarido.

Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul?

Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?

Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros.

Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.

E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela.

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