sábado, 17 de agosto de 2013

Resumo do Livro do Profeta Naum

O PROFETA E O SEU MEIO
Tudo o que conhecemos até hoje sobre a vida de Naum resume-se exclusivamente ao que o próprio livro traz: que nasceu em Elcos (1.1). Mas até mesmo essa informação é pouco significativa, pois jamais se conseguiu identificar o povoado com esse nome e nem mesmo localizá-lo. Alguns pensam que Elcos pertencia a Judá e estava situada na região da Sefelá, próximo de Moresete-Gate; outros, contudo, supõem que se situava na Galiléia e, mais concretamente, no lugar onde depois se edificou a cidade de Cafarnaum.
A atividade de Naum parece corresponder ao período entre 663 e 612 a.C., sendo provável que a composição do livro tenha-se dado pouco antes do de 612 a.C., ano em que os aliados medo-caldeus atacaram e destruíram a cidade de Nínive.
Desde o seu aparecimento no cenário geral da história, os assírios haviam se mostrado um povo belicoso e os mais cruéis dominadores das nações conquistadas, às quais impuseram toda espécie de violências e deportações (cf. 2Rs 17.3-6). Por isso, os povos do Oriente Médio, entre esses o reino de Judá, os quais, durante um século bastante longo, haviam sofrido o jugo da opressão assíria (cf. 2Rs 18.13-37), celebraram com muita alegria a destruição de Nínive.


O LIVRO E A SUA MENSAGEM
A queda daquela grande capital, centro vital do poder imperial da Assíria, constitui o único tema da profecia de Naum. Em torno desse acontecimento tão esperado, move-se a sua mensagem, que é um poema vibrante e cheio de paixão.
Das duas partes em que se pode dividir o livro de Naum (Na), a primeira (1.2-10) apresenta-se em forma alfabética: até o v. 8, a letra inicial de cada v. segue a ordem do alfabeto hebraico. O texto é um cântico de exaltação à glória do Senhor, o Deus “zeloso e vingador”, cujo poder supera qualquer poder humano e também as mais violentas manifestações da natureza (1.3b-6). O Senhor, o Deus de Israel, protegerá os seus e os livrará dos seus inimigos, os assírios (1.8-10); ele, que é o Senhor da história e tem nas suas mãos os destino das nações, “acabará de uma vez” com os seus inimigos (1.8) e fará mudar a sorte de Israel e de Judá. Os versículos seguintes (1.11-15) são uma passagem de transição em que se alternam as promessas de paz e restauração dirigidas ao povo eleito com a ameaça dos terríveis males que haverão de sobrevir à Nínive.
Por fim, na segunda parte do livro (2.1—3.19), o profeta descreve com impressionante sonoridade o assalto à cidade odiada, cuja derrota provocará a ruína completa do Império Assírio. Agora, o ritmo poético da linguagem de Naum, a dramaticidade das suas metáforas e a sonoridade das suas palavras evocam o rodar dos carros de guerra, o galopar dos cavalos e o violento fragor da batalha. E parece até se escutar, como que brotando do fundo desse quadro de desastre e morte, o clamor vitorioso do povo de Deus.


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