domingo, 18 de agosto de 2013

Resumo do Livro do Profeta Habacuque

O PROFETA E O SEU MEIO
Deste personagem bíblico sabemos apenas que foi profeta e que se chama Habacuque (1.1; 3.1). O seu livro, oitavo entre os doze chamados de “profetas menores”, não traz qualquer, ainda que mínima, informação pessoal, nem o seu nome é mencionado em qualquer outro livro do Antigo ou do Novo Testamento.
Com base na referência que se faz aos “caldeus, nação amarga e impetuosa” (1.6), alguns têm deduzido que Habacuque profetizou em algum tempo próximo à destruição de Nínive (612 a.C.); contudo, devido à falta de qualquer documento que permita fixar a data com exatidão, há também os que pensam que a atividade do profeta deve ser fixada entre o ano 605 a.C., princípio do reinado de Nabucodonosor na Babilônia (cf. Jr 25.1), e 597 a.C., ano da queda de Jerusalém (cf. 2Rs 24.10-12). As dificuldades para datar a sua atividade profética aumentam por causa do simbolismo que mais tarde adquiriu a imagem da Babilônia, nome que chegou a ser exemplo máximo de opressão, maldade e violência (cf. Ap 18).


O LIVRO E A SUA MENSAGEM
Após o título do livro de Habacuque (Hc) em 1.1, a profecia é formada por três seções bem distintas.
A primeira delas (1.2—2.4) é uma espécie de diálogo entre Deus e o profeta. Habacuque clama por causa da violência e da injustiça praticadas diante dos seus próprios olhos pelas pessoas da sua nação (1.2-4); e o Senhor lhe responde afirmando que a maldade será castigada e que os caldeus serão o braço executor do castigo (1.5-11). Mas essa resposta torna o profeta ainda mais confuso, pois não compreende como Deus pode valer-se dos cruéis caldeus para invadir e arrasar o país: “por que, pois... te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (1.13).
Na segunda parte (2.5-20), Deus convida o profeta a confiar inteiramente nele. Virá o dia em que também os caldeus serão abatidos. A sua própria soberba os consumirá quando tiver chegado a ocasião do triunfo da justiça, quando o mau receber o pagamento que merece, ao mesmo tempo em que “o justo viverá pela sua fé” (2.4; cf. Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38).
O cap. 3 constitui a terceira seção do livro. É uma oração em forma de salmo, composta para cantar a glória do Senhor e para expressar, em uma vibrante linguagem poética, a confiança do profeta na proteção que lhe dispensará o Deus da sua salvação, o Senhor que é a sua fortaleza (3.18-19).



ESBOÇO:
1. Diálogo entre Habacuque e Deus (1.1—2.4)
a. Habacuque queixa-se da injustiça (1.1-4)
b. Resposta de Deus: Judá será castigado (1.5-11)
c. Intercessão de Habacuque (1.12-17)
d. Resposta de Deus: o castigo virá, mas o justo viverá pela fé (2.1-5)
2. Cinco ais sobre os caldeus (2.6-20)
3. Oração de Habacuque (3.1-19)

4 comentários:

  1. Mararivilho esse estudo que o Senhor continue abençoando a vida de quem escreveu.

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  2. Um livro nos da importante loção de como viver uma vida de fé e comunhão com DEUS.

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