terça-feira, 1 de outubro de 2013

Capítulos de hoje 01/10/13: ATOS 22,23 e 24

Atos 22:1-30
1 - HOMENS, irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós
2 - (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram). E disse:
3 - Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois.
4 - E persegui este caminho até à morte, prendendo, e pondo em prisões, tanto homens como mulheres,
5 - Como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos. E, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer maniatados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
6 - Ora, aconteceu que, indo eu já de caminho, e chegando perto de Damasco, quase ao meio-dia, de repente me rodeou uma grande luz do céu.
7 - E caí por terra, e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
8 - E eu respondi: Quem és, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues.
9 - E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito, mas não ouviram a voz daquele que falava comigo.
10 - Então disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te, e vai a Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer.
11 - E, como eu não via, por causa do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo, e cheguei a Damasco.
12 - E um certo Ananias, homem piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam,
13 - Vindo ter comigo, e apresentando-se, disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. E naquela mesma hora o vi.
14 - E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo e ouças a voz da sua boca.
15 - Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.
16 - E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.
17 - E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim.
18 - E vi aquele que me dizia: Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém; porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.
19 - E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti.
20 - E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as capas dos que o matavam.
21 - E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
22 - E ouviram-no até esta palavra, e levantaram a voz, dizendo: Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva.
23 - E, clamando eles, e arrojando de si as vestes, e lançando pó para o ar,
24 - O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele.
25 - E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
26 - E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.
27 - E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.
28 - E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento.
29 - E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado.
30 - E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.


Atos 23:1-35
1 - E, PONDO Paulo os olhos no conselho, disse: Homens irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência.
2 - Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca.
3 - Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?
4 - E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus?
5 - E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.
6 - E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; no tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado.
7 - E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu.
8 - Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.
9 - E originou-se um grande clamor; e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e, se algum espírito ou anjo lhe falou, não lutemos contra Deus.
10 - E, havendo grande dissensão, o tribuno, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a soldadesca, para que o tirassem do meio deles, e o levassem para a fortaleza.
11 - E na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo; porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma.
12 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo.
13 - E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração.
14 - E estes foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos, e disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição, a nada provarmos até que matemos a Paulo.
15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar.
16 - E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.
17 - E Paulo, chamando a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao tribuno, porque tem alguma coisa que lhe comunicar.
18 - Tomando-o ele, pois, o levou ao tribuno, e disse: O preso Paulo, chamando-me a si, rogou-me que trouxesse este jovem, que tem alguma coisa para dizer-te.
19 - E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que tens que me contar?
20 - E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho, como que tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo.
21 - Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa.
22 - Então o tribuno despediu o jovem, mandando-lhe que a ninguém dissesse que lhe havia contado aquilo.
23 - E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalaria, e duzentos arqueiros para irem até Cesaréia;
24 - E aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix.
25 - E escreveu uma carta, que continha isto:
26 - Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.
27 - Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano.
28 - E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho.
29 - E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
30 - E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.
31 - Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride.
32 - E no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza.
33 - Os quais, logo que chegaram a Cesaréia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo.
34 - E o presidente, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia,
35 - Disse: Ouvir-te-ei, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.

Atos 24:1-27
1 - E, CINCO dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o presidente contra Paulo.
2 - E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se fazem a este povo muitos e louváveis serviços,
3 - Sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer.
4 - Mas, para que não te detenha muito, rogo-te que, conforme a tua eqüidade, nos ouças por pouco tempo.
5 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos;
6 - O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar.
7 - Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou de entre as mãos com grande violência,
8 - Mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos.
9 - E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim.
10 - Paulo, porém, fazendo-lhe o presidente sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
11 - Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar;
12 - E não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade.
13 - Nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam.
14 - Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.
15 - Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.
16 - E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.
17 - Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas.
18 - Nisto me acharam já santificado no templo, não em ajuntamentos, nem com alvoroços, uns certos judeus da Ásia,
19 - Os quais convinha que estivessem presentes perante ti, e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem.
20 - Ou digam estes mesmos, se acharam em mim alguma iniqüidade, quando compareci perante o conselho,
21 - A não ser estas palavras que, estando entre eles, clamei: Hoje sou julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos.
22 - Então Félix, havendo ouvido estas coisas, lhes pôs dilação, dizendo: Havendo-me informado melhor deste Caminho, quando o tribuno Lísias tiver descido, então tomarei inteiro conhecimento dos vossos negócios.
23 - E mandou ao centurião que o guardasse em prisão, tratando-o com brandura, e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele.
24 - E alguns dias depois, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o acerca da fé em Cristo.
25 - E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei.
26 - Esperando ao mesmo tempo que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele.
27 - Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo; e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso.

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